A Graça Vence com Facilidade
A lei veio para aumentar o mal. Mas, onde aumentou o pecado, a graça de Deus aumentou muito mais ainda. Romanos 5:20, NTLH
O apóstolo Paulo está ficando sem superlativos. Em Romanos 5, ele já afirmou que a graça transbordou (v. 15). Em seguida, subindo um grau na escala, descreveu sua abundância (v. 17, ARA). Ao chegar ao verso 20, com o desejo de elevar ainda mais o valor dessa palavra, ele utiliza uma palavra composta rara. Ele diz que a graça “superabundou”. O único lugar em que encontramos novamente essa palavra é em 2 Coríntios 7:4, cujo autor também é Paulo: “Estou superabundante de alegria apesar de todos os nossos problemas” (The Message).
Paulo aqui está comparando e contrastando pecado e graça. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (ARA). Assim, ele apresenta duas realidades: abundância do pecado e superabundância da graça. Essa afirmação nos deixa com uma grande pergunta. Que o pecado abundou é óbvio, mas como pode Paulo dizer que a graça superabundou? Ou, como a versão The Message diz: “a graça vence com facilidade” (Rm 5:20)?
Eu poderia preencher o restante desta página descrevendo sobre a abundância do pecado e, no fim, mal teria começado. Em todo lugar, por todos os lados, em todos os aspectos da vida vemos o aumento do mal e seus terríveis efeitos. O mundo está correndo apressadamente para o encontro com seu destino, e as coisas não vão melhorar. Quanto mais aprendemos, mais o conhecimento e a tecnologia são dedicados às novas manifestações de iniquidade e corrupção. Assim como nos dias que antecederam o dilúvio, todo desígnio do coração do povo é mau (Gn 6:5). Guerra, assassinato, estupro, abuso sexual, incesto, mentira, pornografia, malícia, ódio, decepção, orgulho, arrogância – realmente há abundância de pecado, aparentemente incontrolável. Nenhum problema em aceitar a afirmação de Paulo até aqui.
E quanto à outra parte que diz que a graça superabundou? Não seria essa uma “dissonância cognitiva”, ou seja, as evidências contrariam a afirmação? Aparentemente, sim. Mas não aos olhos da fé. Não para aquele que vive na graça. Não para a pessoa que respira o ar de vida do Céu, que sabe que a atmosfera da graça circunda este planeta assim como o nitrogênio e o oxigênio. Não para a pessoa que sabe, não apenas pela lógica, mas pelo coração, que Jesus Cristo está vivo. Não para o cristão que tem uma experiência pessoal, que vive a batalha entre o pecado e a graça e pode testemunhar que a graça vence com facilidade.